Nesta edição:
I. O poder dos rituais. E da cultura.
II. Retrospectiva: melhores (e nem tão melhores) momentos.
III. Muito obrigado.
A última do ano e antes de sair de "férias". Sim, newsletter também precisa de férias. Por aqui tudo se encaminha para um fim de ano tranquilo mas sabendo que todos teremos um verão e uma temporada atípica de férias a transpor. Essa edição de encerramento traz minha lista (ritual) de melhores do ano. A curadoria da curadoria. E uma retrospectiva do que rolou por aqui ao longo dos últimos 12 meses e 17 edições.
I. O poder dos rituais. E da cultura.
Dezembro sempre chega com um clima de reflexão e esse gosto de “rituais” no ar. Refletir sobre o ano que passou e pensar sobre o próximo que se aproxima.
Por mais que todo mundo saiba que o ano como unidade de tempo não existe, é só uma construção social, por que não aproveitar o poder cientificamente validado desses rituais para adicionar significado, marcar transições e nos fazer sentir mais firmes e no controle?
Enquanto hábitos proporcionam consistência, rituais criam significado. Nos ajudam a sentir a passagem do tempo e atribuir contexto a um momento.
Nos últimos dois anos, um dos meus rituais nessa época é compartilhar meu lifelog dos doze meses que passaram. É quando, entre outras coisas, revejo e abro meus registros de tudo que consumi.
Em um 2020 terrível pra muita gente, além do poder dos rituais, a cultura contribuiu imensamente para que o ano fosse mais tolerável. E num contexto de isolamento social, em que a vida se transformou em telas, as informações sobre o que consumimos e sobre porque consumimos o que consumimos se mostram ainda mais relevantes.
Pelo terceiro ano consecutivo, compartilho esse texto com minha premiação particular de melhores do ano. Os conteúdos que me trouxeram conforto e divertimento, aprendizados e reflexões, e que me ajudaram a navegar pelo ano que passou.
É a curadoria da curadoria. Os melhores livros, filmes, séries, documentários e álbuns do ano. Para mim, é claro.
Espero que curta as listas e que a gente troque algumas figurinhas por lá.
-> Lifelog 2020: Os melhores do ano - O poder dos rituais, do entretenimento e da cultura.
II. Retrospectiva: melhores (e nem tão melhores) momentos.
No texto com os melhores do ano também abri algumas estatísticas da newsletter. Edições mais visualizadas, mais clicadas e mais respondidas, além de links, livros e dicas no streaming mais clicados.
Comentei também quanto o processo de preparar cada edição foi importante, ao me dar um senso de compromisso e uma sensação de estar construindo algo mesmo quando tudo parecia desmoronar.
Já uma coisa sobre essa newsletter que vou contar só pra você que tá aqui, é como que me incomoda não conseguir responder direito a pergunta: "é sobre o que?"
Sinto que não ter essa definição bem clara sobre o que é a Conectando Pontos atrapalha até na divulgação e naquela já sofrida autopromoção. Recebo muitas mensagens legais sobre a diversidade de assuntos que trago pra cá. Mas ainda não sei se isso é mais um lado bom ou um lado ruim.
Fazendo uma breve retrospectiva, temos uma prova dessa aleatoriedade.
Esse ano escrevi sobre Carl Sagan e a missão Voyager 1 e sobre tretas em grupos de Whatsapp. Dei meus pitacos sobre a capacidade e necessidade do "fazer nada", desabafei sobre militância virtual e implorei por uma internet mais legal.
Trouxe ensinamentos de um atemporal filósofo e bati na tecla sobre quarentena não ser competição de produtividade. Para falar da quarentena aliás (e mal do Bolsonaro), tentei até usar a arte como parábola. E como não podia faltar, teve uma edição sobre os livros e o hábito da leitura.
É até possível notar um padrão olhando muito de perto — ou talvez seja só meu cérebro forçando a barra pra enxergar padrão em tudo. Mas sem muito exagero deu pra ver um tema meio recorrente.
Foram três edições (ainda que eu quisesse voltar no tempo e não ter escrito uma mas faz parte) sobre construir em tempos de crise: "Cultive seu próprio jardim"; "Ser alguém ou fazer algo"; e "Continue construindo" (talvez a minha preferida do ano).
Ainda não consigo (ou não quero) enxergar uma "linha editorial" aí. Mas consigo dizer que em 2021 quero continuar empilhando tijolinhos cada vez mais sólidos nessa construção.
E continuar contando com vocês para me incentivar, me ensinar, me corrigir (e principalmente me elogiar).
III. Muito obrigado
Ainda me surpreende as oportunidades e aprendizados que algo tão simples como o e-mail pode desbloquear. A Conectando Pontos se tornou um veículo mágico para expandir minha curiosidade, desenvolver minhas habilidades de contar histórias e me conectar com pessoas incríveis. Como você.
É um privilégio chegar na sua e em mais 271 caixas de entrada. Com a semente plantada com a "Central de Newsletters", que essa comunidade, de leitores e criadores, cresça e se espalhe.
Muito obrigado por seguir conectado e que a virada de ano seja gentil com você e com todo mundo que você gosta.
Espero que 2021 guarde boas coisas — e claro, qualquer coisa é só responder aqui ou chamar no instagram ou no twitter. Até o ano que vem.
~ Edgar Oliveira.
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