Nesta edição:
I. Atemporal e mais atual do que nunca.
II. Um blogueiro influencer antes da internet.
III. Como ele sabia tudo isso a meu respeito?
IV. Conecta Links
V. Conecta Livros
Na edição #52 citei brevemente os estoicos e fui perguntado por uma leitora se conhecia um filósofo que tem uma visão muito mais realista dessa corrente filosófica. Respondi que não só o conhecia como gostaria de conhecer ainda mais e que, quanto mais o conheço, mais atual ele se torna. Hoje a ideia é aproximar você um pouco mais dele e, quem sabe, removê-lo do reino das pessoas-da-história-que-você-não-se-importa e colocá-lo num contexto mais adequado: o do mais companheiro, mentor e atemporal dos filósofos.
“Eis aí um 'você' no qual se reflete o meu 'eu'; é aí que são abolidas todas as distâncias".
I. Atemporal e mais atual do que nunca
Não foi apenas a pergunta de uma leitora que me reaproximou desse que hoje é meu filósofo de cabeceira, mas também uma fase ainda mais reflexiva que acabei entrando.
Apesar do caos, 2020 acabou se tornando um ano de mais inatividade pra mim. A quantidade de trabalho diminuiu. O tempo enfiado dentro de casa aumentou. Pra quem não tem filhos e mesmo pra quem já era grande adepto do “Netflix and Chill”, a mudança trouxe uma fase mais ociosa e também mais reflexiva.
E nesses momentos de mais ociosidade, as reflexões sempre me levam para um caminho de cobrança por mais produtividade. “Tenho que aproveitar o privilégio de estar com tempo sobrando.” “Tenho que fazer mais.” “Preciso de mais ação”.
Trazendo pro contexto de escrever a newsletter, por exemplo, coloquei na cabeça um novo mantra: produzir mais e consumir menos. Ou seja, em vez de, por exemplo, ficar lendo três livros sobre um determinado assunto, sentar a bunda pra escrever sobre tal assunto. Mas como contei na última edição, outros questionamentos conflitavam com esse novo mantra. E alguma coisa me dizia que deveria fazer justamente o contrário. “Sair de cena” e me entregar a essa ociosidade. “Desaparecer” para me dedicar ao meu eu interior.
Foi mais ou menos isso que um homem com menos de quatro décadas de vida fez há quase 500 anos. Esse mesmo homem a respeito de quem a leitora me perguntou. O mesmo que é considerado por tantos o maior ancestral, defensor e amigo de todo homem livre.
Era França, século XVI, e esse homem de “apenas” 38 anos, desiludido e com vontade de servir apenas a si mesmo e a mais ninguém, já cansado da política, da vida pública e dos negócios, resolve se aposentar. Como um sábio em uma época de fanatismo, se retira e se recolhe em seu castelo. E como para impedir o regresso ao mundo, faz gravar uma inscrição em latim na torre desse castelo transformado em biblioteca:
“No ano de Cristo de 1571, aos trinta e oito anos de idade, no último dia de fevereiro, aniversário de seu nascimento, Michel de Montaigne, há muito cansado da servidão do tribunal e dos empregos públicos, apesar de ainda íntegro, retirou-se para o seio das Musas, onde, calmamente e livre de toda preocupação, passará o pouco que resta da sua vida, da qual mais da metade já decorreu. Se o destino permitir, ele concluirá esta morada, este doce refúgio ancestral; e o consagrou à sua liberdade, tranquilidade e lazer”.
Michel Eyquiem de Montaigne renunciou ao mundo exterior e durante 10 anos se entregou a essa ociosidade, recolheu-se à sua biblioteca composta por mais de mil volumes e às suas meditações em busca de sua citadela interna. Pouco a pouco a solidão da sua torre e as vozes dos livros em sua cabeça os fez fixar alguns pensamentos por escrito sem qualquer obrigação.
“Quando me retirei há algum tempo para minhas terras, resolvi na medida do possível, não me preocupar com nada, a não ser o repouso, e viver na solidão os dias que me restavam. Parecia-me que não podia dar maior satisfação a meu espírito senão a ociosidade, para que se concentrasse em si mesmo, à vontade, o que esperava pudesse ocorrer porquanto, com o tempo, adquiria mais peso e maturidade. Mas percebo que…ao contrário do que imaginava, caracolando como um cavalo em liberdade, cria ele cem vezes maiores preocupações do que quando tinha um alvo preciso fora de si mesmo. E engendra tantas quimeras e ideias estranhas, sem ordem nem propósito, que, para perceber-lhe melhor a inépcia e o absurdo, as vou consignando por escrito, na esperança de, com o correr do tempo, lhe infundir vergonha.”
E foi a partir daí que Montaigne veio a desempenhar um papel central na pacificação de uma França dilacerada por uma terrível guerra civil religiosa entre protestantes (huguenotes) e católicos, além de se tornar exemplo para muitos até os dias de hoje.
Sua decisão de “desaparecer” e se dedicar como ninguém à mais alta arte da vida — a arte de manter-se a si mesmo — fez de Montaigne o filósofo mais atemporal de todos. Aquele que criou sozinho o modelo de como alguém deve se comportar na “modernidade” e que segue sendo o melhor professor e mentor dessa nova e ainda assim eterna ciência que é viver.
Não que minha ideia de “desaparecer” e “sair de cena” fosse pra me tornar o próximo Montaigne, claro. Mas como ele próprio descobriu e mostrou, desaparecer não significa apenas sumir dos assuntos públicos. Significa, sobretudo, dar as costas para o mundo sem desprezá-lo e conseguir enxergá-lo com novos olhos — os olhos de alguém que reconhece em si mesmo a verdadeira matéria de meditação para o futuro que está por vir.
Ao registrar essa sua tentativa de pintar um retrato de si próprio, e mesmo sem a intenção de ser um escritor, um filósofo ou um artista consumado, Montaigne ajudou a humanidade resolver uma questão que tanto a fascinava. Uma que pode ser resumida em duas palavras simples, e que dá nome ao título de um dos meus livros favoritos, da Sarah Bakewell: Como viver?
Escreve Bakewell nessa excelente biografia sobre o filósofo que, “não se trata da mesma questão dessa outra pergunta de caráter ético: ‘Como se deve viver?’. Montaigne não se interessava pelos dilemas morais, estava menos preocupado com o que as pessoas deviam fazer do que com aquilo que efetivamente faziam.”
Com essa filosofia do cotidiano e corriqueiro, se atribui a Montaigne a “invenção” da atual filosofia pop e até mesmo da autoajuda. Mas diferente do que se pode supor em uma primeira impressão, inclusive sobre o título da Bakewell, os escritos do autor não compartilham dos mesmos princípios do que se convencionou chamar de ‘autoajuda’. São muito mais autênticos e profundos.
Assim, Montaigne se tornou mesmo foi o “pai do ensaísmo” e, principalmente, por sua sabedoria numa era de fanatismo e sua luta por preservar sua liberdade e lucidez em tempos de caos e escuridão, sempre e cada vez mais atual.
II. Um blogueiro influencer antes da internet
Stefan Zweig, o grande escritor austríaco do século XX e autor de outra brilhante, ainda que inacabada, biografia de Montaigne, comenta que, “como muitas coisas boas na vida, descobrimos Montaigne tarde demais”. Claro, podemos ser expostos à sua sabedoria quando somos jovens, mas a postura descompromissada do filósofo em qualquer questão nunca é atraente o suficiente para nós em nossas fases teimosas da vida.
Mas é justamente essa postura de Montaigne que o torna especial. Sob um ponto de vista muito particular, curioso e até bem humorado, e diferente de outros grandes filósofos com suas teorias e modelos de mundo, Montaigne escreve sobre si próprio, em busca de si próprio, como alguém que sofre dos mesmos problemas que a gente e que fala nossa língua. Essa é sua filosofia.
“O prazer de Montaigne está no buscar, não no encontrar. Não é um desses filósofos que buscam a pedra filosofal, a fórmula apropriada. Não quer dogmas e nem preceitos e sente um medo permanente de afirmações categóricas: ‘Nada afirmar temerariamente, nada negar levianamente’. (…) Não é, pois, um filósofo, a não ser no sentido de Sócrates, ao qual prefere não ter deixado nada: nem dogma, nem doutrina, nem lei, nem sistema. Nada exceto uma forma. O homem que busca a si mesmo em toda parte e que busca tudo em si mesmo”. ~ Stefan Zweig
“Os Ensaios”, a única obra de Montaigne, raramente se propõe a explicar ou ensinar alguma coisa. Ele se apresenta como alguém que anotava o que quer que lhe passasse pela cabeça quando lançava mão da pena, capturando encontros e estados de espírito à medida que se apresentavam.
Há quem diga que foi o primeiro blogueiro de todos, e que nascido no século XXI, segundo a própria Bakewell, seria um grande adepto e influencer das redes sociais. É graças a ele que hoje a gente pode escrever assim, em primeira pessoa, contando nossa experiência e falando dos assuntos que nos interessam.
Montaigne escreveu Os Ensaios a partir de uma concepção nova para sua época. A de abordar quaisquer assuntos que considerasse relevantes, sem uma preocupação formal ou estética, e sem mirar um tipo específico de leitor. Ao contrário: interessava a ele oferecer seu ponto de vista pessoal, registrando os assuntos à maneira de um observador sagaz.
Podemos dizer que ele inventou o ofício do atual escritor. Esse que permite sentar-nos na frente de um papel e escrever sobre o que der na telha. A ideia de escrever a nosso próprio respeito para criar um espelho no qual outras pessoas reconheçam a própria humanidade.
Quando colocava na descrição dessa newsletter que escrevia ensaios, não era pra ser pretensioso mas exatamente o contrário. Porque, além de escrever o que dá na telha, o termo “essay” (ensaio) cunhado por Montaigne, vem do verbo francês “essayer”, que é tentar. Um ensaio é um esforço de compreensão de um tema, sem a ambição da última palavra.
Montaigne escrevia sobre qualquer pensamento que passava pela sua cabeça, sem se sentir “obrigado à exatidão do erudito, nem á originalidade do escritor, nem a excelência do poeta”, e é por essas que ele é uma grande inspiração para vida e para meu ofício de escrever essa newsletter.
Mentor intelectual, inspiração para escrever e…amigo.
III. Como ele sabia tudo isso a meu respeito?
De certa forma, hoje temos todos um pouco de Montaigne. Falamos e escrevemos muito sobre nós mesmos e esperamos que todos se interessem pelos detalhes de nossas vidas. Podemos ser egoístas e autoindulgentes, e ele também pode.
Mas Montaigne nos atrai, nas palavras da Sarah Bakewell, porque, apesar de sua busca por pintar a si mesmo, ele não olha apenas para o próprio umbigo. Ele tinha um interesse intenso no mundo exterior a si próprio e no que lia. Conheceu a história e a literatura clássicas e herdou toda a energia cultural da Renascença. Também adorava viajar e encontrar novas pessoas e novas maneiras de fazer as coisas. Isso o torna mais do que apenas um filósofo reflexivo, ou alguém que divaga sobre tudo o que passa por sua cabeça. Isso também o torna um guia infinitamente interessante para toda a cultura humanista da qual ele era herdeiro, e que ele transmitiu a gerações de leitores depois dele.
Enquanto os tratados teológicos e filosóficos do seu século parece-nos estranhos e obsoletos, esse francês da renascença segue sendo nosso contemporâneo.
Centenas de vezes ao se ler Montaigne, tem-se a sensação de que ele pensou e escreveu melhor e de modo mais claro do que nós mesmos sobre as preocupações mais íntimas de nossas almas. Como coloca o Zweig:
“Há aqui um Você no qual meu Eu se espelha, aqui a distância é suprimida, e o tempo separa-se dos tempos”.
Não se trata de um livro aqui comigo, continua Zweig, nem de literatura ou filosofia, mas de um homem do qual sou irmão, que me aconselha, consola e acompanha, um homem que eu compreendo e que me compreende. Basta que eu tome nas mãos Os Ensaios para que o papel impresso desvaneça no quarto penumbroso. Alguém respira, alguém vive comigo, um estranho adentra minha casa para logo deixar de ser um estranho e se tornar alguém que sinto ser um amigo. Quatrocentos anos se dissipam como fumaça”.
Muita coisa mudou desde o nascimento de Montaigne, há quase meio milênio, e nem todos os costumes e crenças podem ser reconhecidos nos dias atuais. Mas ler Montaigne é vivenciar uma série de choques de familiaridades, que simplesmente pulverizam os séculos entre ele e você, leitor nos tempos de hoje.
“Duvido que qualquer leitor de Montaigne deixe de botar o livro de lado em algum momento para se perguntar, com incredulidade”, escreve Bernard Levin para o The Times num artigo sobre o assunto: ‘Como é que ele sabia tudo isso a meu respeito?’.
Ao longo das gerações, Os Ensaios de Montaigne, uma coleção com mais de mil páginas, inspirou grandes intelectuais que viveram depois dele. Além de Zweig, personagens com Blaise Pascal, Virgínia Woolf, Ralph Waldo Emerson, Friederich Nietzsche, entre tantos outros, escreveram sobre essa reação ao ler Montaigne e o reivindicaram como seu amigo.
Nassim Taleb, outro admirador do filósofo como modelo de pensador moderno, conta em “Iludido pelo acaso” sobre sua redescoberta de Montaigne através de uma leitora e deixa clara a influência do francês em sua forma de pensar — forma essa que também fez Taleb capaz de influenciar tantos outros, como eu.
“Acredito que o ativo mais importante que preciso proteger e cultivar é minha arraigada insegurança intelectual. Meu lema é: ‘minha principal atividade é provocar aqueles que se levam a sério demais e levam o valor do seu conhecimento a sério demais’. Cultivar essa insegurança no lugar de uma confiança intelectual talvez seja um objetivo estranho, e difícil de executar. Para tanto, precisamos limpar nossa mente da tradição recente de certezas intelectuais.” (…) “ Fechamos a mente ao optar por seguir o modelo de pensamento formal de Descartes em vez da variedade vaga e informal (mas crítica) de Montaigne. Meio milênio depois, o gravemente introspectivo e inseguro Montaigne ainda figura como firme exemplo para o pensador moderno.” — Nassim N. Taleb
Guardada as devidas proporções, espero que, também minha redescoberta de Montaigne através de uma leitora resulte no mesmo tipo de influência. E que minha vontade de “desaparecer” leve em conta o sentido dado por Montaigne.
“Ademais, ele apresentava uma coragem excepcional: sem dúvida é preciso ter coragem para permanecer cético; é necessária uma coragem desmedida para ser introspectivo, para enfrentar a si mesmo, para aceitar as próprias limitações — os cientistas encontram cada vez mais evidências de que somos especificamente projetados pela mãe natureza para nos enganarmos.”
“Se não se pode ser jovem ou desprovido de experiências e desilusões para apreciar Montaigne”, como coloca Zweig, em qualquer época que se vive é interessante tê-lo como amigo e mentor. Especialmente em épocas de caos e incerteza.
Sei que me alonguei mais do que o normal hoje mas espero que, com essa edição, neste momento de crise mundial em que tantos se questionam em que precisamos mudar para preservarmos a humanidade, a curiosidade por Montaigne aflore, e sua leitura o ajude a encontrar um companheiro.
🔗Conecta Links
Como hoje o texto ficou ainda maior que o habitual, vou diminuir as indicações por aqui.
◾ Esse é um texto da Camila, a leitora em questão, que me perguntou sobre Montaigne. Escrito na sua própria newsletter, "Coxia de Conchavos", a Camila fala, a partir de sua perspectiva e experiências próprias, justamente sobre Montaigne como seu exemplo e inspiração para escrever. Além do texto (que também tem links legais relacionados), recomendo que assine sua newsletter, onde ela consegue a façanha de juntar luto, arte, sofrimento e redenção em textos de extrema sensibilidade e bom humor. E vale registrar que a newsletter da Camila foi a responsável por me fazer não só assistir, como virar testemunha da palavra de Dark.
◾◾ Se quiser uma espécie de resumo do livro da Sarah Bakewell, que decifra brilhantemente o Montaigne e que cito no texto (e que foi indicado aqui na ), tem esse texto em inglês do Brain Pickings: "Como viver: Lições de Montaigne".
◾◾◾ Esse vídeo de Montaigne pela School of Life, projeto encabeçado pelo intelectual Alain de Bottom que promove debates acessíveis sobre angústias da sociedade moderna. Se Montaigne é considerado por alguns bisavô da autoajuda e da filosofia pop, ninguém é melhor nisso do que Alain de Bottom e sua turma. Com a pegada pop característica dos vídeos do canal, essa é uma rápida introdução pra quem quase nunca ouviu falar desse francês.
◾ Falando em autoajuda, "As redes sociais reinventam a autoajuda entre os millennials" mostra projetos que combinam empoderamento, ativismo, cultura pop e design e que estão tomando conta dos feeds das redes sociais, especialmente no Instagram.
◾ Para quem quer sumir do mapa e desaparecer (sem aspas dessa vez) sem deixar rastros, já tem empresas vendendo o serviço.
◾ LeBron James conquistou seu quarto título da NBA e muitos já o consideram o maior de todos os tempos, superando Jordan (não é o meu caso). O inegável é que, a exemplo de Jordan, LeBron está transformando o negócio do basquete. Mas isso também é assunto pra outro dia. Um fato novo que descobri é que há um discurso de Theodore Roosevelt que realmente ressoa no King James e a cada jogo ele escreve "Man in the arena" nos seus tênis. A citação se refere a passagem "The Man in the Arena" de um discurso do 26º presidente dos EUA, e no último link tem a citação original que é uma baita influência e não apenas para o LeBron.
📚Conecta Livros
◾ Montaigne, por Stephan Zweig.
Mundaréu. 104 páginas.
Escrito antes de seu suicídio, enquanto estava exilado no Brasil durante a Segunda Guerra Mundial, o autor Stefan Zweig fala sobre como leu Montaigne pela primeira vez quando tinha 20 anos, mas não sabia bem o que fazer com o que lia. Somente 40 anos depois, após testemunhar o esfacelamento moral da Europa é que ele finalmente entendeu e escreveu essa biografia brilhante. A biografia de um homem que se voltou para dentro enquanto o mundo se despedaçava … escrito por um homem forçado a fazer exatamente a mesma coisa cerca de 350 anos depois. Fascinante.
◾ Os ensaios: Uma seleção, Michel de Montaigne.
Penguin. 616 páginas.
Essa é minha edição de Os Ensaios, que é uma seleção com alguns capítulos da grande obra que originalmente tinha três volumes. Destaco quatro ensaios dessa coletânea: "Sobre a ociosidade"; "Sobre a Solidão"; "Sobre o Medo"; e "Que filosofar é aprender a morrer". Lidos em sequência podem nos ensinar como lidar com fardos humanos que, durante muito tempo, tentamos suprimir, mas que, agora, voltam a ser presentes no nosso cotidiano. Essa versão light da obra é uma boa porta de entrada ao original e as introduções a cada ensaio são cruciais ao seu entendimento. Inestimável.
Obrigado por seguir conectado e até a próxima.
~ Edgar
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