Conectando Pontos #34
CP#34 - Como se manter informado sem perder a sanidade
No twitter alguém escreveu: É degradante, física e mentalmente, se manter informado. É questionável moralmente não fazê-lo. Tá difícil.
Verdade, tá bem difícil. Se já não bastasse nossa falta de habilidade em lidar com o fluxo de informações cada vez maior a que temos acesso, a polarização, principalmente no debate político, que tomou conta do nosso cotidiano só aumenta nossa indignação com cada notícia polêmica que pipoca nas nossas telas.
Precisamos falar sobre essa nossa relação com as notícias do dia a dia.
I - Qual a real importância do noticiário e até que ponto vale a pena dedicar nossa atenção a ele
Embora muito se fale sobre educação, as sociedades modernas se esquecem de examinar aquele que é de longe o mais influente meio de educar as populações. Não importa o que aconteça nas salas de aula: a mais poderosa e constante forma de educação ocorre no noticiário e nos meios de comunicação que dominam as ondas de rádio e as nossas telas.
Essas plataformas têm extraordinária capacidade de influenciar nosso senso de realidade. Por meio delas também esperamos ter revelações, aprender o que é certo e errado, conferir sentido ao sofrimento e entender como funciona a lógica da vida.
O noticiário, porém, não se limita apenas a nos informar sobre o mundo, pelo contrário: empenha-se o tempo inteiro em modelar um novo planeta em nossa mente, um que esteja de acordo com sua prioridades muitas vezes bem específicas.
Passamos grande parte da vida sob a tutela de agências de notícias que exercem sobre nós uma influência infinitamente maior do que qualquer instituição acadêmica seria capaz. Uma vez concluída a educação formal, é o noticiário que passa a nos ensinar. É ele, que sobretudo, dá o tom da vida pública e molda as impressões que temos da comunidade para além dos limites de nossa casa. É ele o grande criador das realidades política e social.
Nas economias desenvolvidas, o noticiário alcançou uma posição de poder equivalente ao que outrora era desfrutada pela religião. E quem não segue o religioso ritual de acompanhar o noticiário diário nos dias de hoje, ficando por fora dos assuntos do momento, chega a ser considerado um herege.
O jornalismo tem um papel importantíssimo na formação de eleitores conscientes e como dizia Thomas Jefferson, não existe democracia sem cidadãos bem informados.
Não quero entrar na onda de ódio a mídia, pelo contrário, mais do que nunca precisamos do jornalismo. Do bom e sério jornalismo. Quanto melhor as informações disponíveis para os cidadãos formarem suas opiniões e pautarem suas escolhas, melhor é a democracia.
A chave está em aprender a identificar quem faz esse bom jornalismo, entendendo que todo noticiário tem uma agenda por trás. Não é tão difícil mas precisamos estar com a cabeça boa. E do jeito que anda o noticiário por essas terras, manter a cabeça boa tem sido cada vez mais difícil.
Nos últimos tempos meu humor tem sido negativamente impactado com as polêmicas diárias que surgem no noticiário (leia-se também, redes sociais). Basta sair uma notícia que a polarização que se afundou o país logo trata de transformar aquilo em treta, em nós contra eles, e quando percebo já estou tomado de indignação e tendo que fazer força para me segurar e não pular dentro da polêmica.
Fico naquele dilema apresentado no tweet lá em cima. Preciso me manter informado mas abrir um portal de notícias ou uma rápida navegada pelas redes sociais já me enchem de ansiedade, tristeza ou revolta.
Alain de Botton tem um livro ("Notícias: Manual do Usuário") onde basicamente nos ensina a lidar com o noticiário, além de mostrar que este poderia ser até uma boa forma de instrução se fosse feito da maneira correta, o que não é o caso na maior parte do tempo. Mais uma vez vale frisar: mesmo com seus vieses e agendas por trás, existe bom jornalismo sendo feito. O problema muitas vezes está em quem consome a notícia, que não sabe identificar essa agenda por trás e fazer uma interpretação crítica do que é noticiado.
Não podemos esquecer que há todo um negócio por trás de cada mídia e a notícia, como um negócio, precisa de muito volume e muitas visualizações.
Levando isso e tudo mais que permeia o universo das agências de notícias em conta, mais a enorme quantidade de informação com o tempo escasso que temos, a dificuldade em mantermos a sanidade nesses tempos distópicos e o nosso dever de se manter bem informado, até que ponto vale a pena dedicar nossa atenção ao noticiário diário?
Já escrevi um pouco neste texto sobre a economia da atenção e não quero voltar ao tema batido do excesso de informação. Os tempos são esses, não temos como ignorar. Sobrecarga de conteúdo, distração constante e FOMO ( Fear Of Missing Out ) são apenas alguns dos problemas que afetam nossa relação com as notícias.
Para manter nossa sanidade, diminuir drasticamente nossa atenção ao noticiário (consequentemente as redes sociais, onde é basicamente onde muitos de nós nos informamos hoje em dia) ou pelo menos encontrar estratégias de se relacionar melhor com esse conteúdo e as polêmicas e indignações que vem com eles, é uma medida mais que necessária.
Acredito que o primeiro passo é parar de dar tanta importância ao fato de termos de saber sobre tudo que tá acontecendo o tempo todo.
Saber para onde priorizar nossa atenção é vital e percebi que descartar informação também é importante pois além de tirar aquele peso de “obrigação” em saber de tudo, nos ajuda a encontrar a informação que realmente importa e nos interessa.
Outro passo importante que acompanha esse primeiro é entender que não precisamos nos posicionar sobre tudo.
Se manter informado é importante e se temos que encontrar uma forma saudável e relevante de fazer isso, vale tanto para informação que entra e a que sai. Não há necessidade de emitirmos opinião sobre tudo ou de termos respostas para todas perguntas do momento.
Nosso tempo é escasso, nossa energia é escassa e nossa atenção é escassa. Tá tudo bem em não se posicionar sobre todas as polêmicas e não saber do que se trata o meme do momento.
A maior parte da vida é barulho e distração e muita pouca coisa vale realmente o nosso tempo. O noticiário da forma como temos visto, não é uma delas.
É ainda preciso cuidado para não cair na armadilha de se encher de notícia aleatória apenas para se passar como bem informado e atualizado.
II - Se manter informado como sinalização de virtude.
O noticiário é descartável, a polêmica de hoje será substituída pela de amanhã (a não ser que o agente responsável pela notícia tenha o interesse em prolongá-la). A maioria das notícias que você lê não vai te levar a lugar algum — não é revolucionária, não é nova, não é importante. São apenas comunicados de imprensa, declarações do governo, hype fabricado, especulação, opiniões sobre as coisas.
Não deixa de ser um tipo de fake news, afinal. Além da agenda por trás de cada mídia, temos agora algorítimos para serem saciados, tráfego para conquistar e “furos” para bater a concorrência.
Como a ex-cientista de dados do Facebook certa vez demonstrou:
“O objetivo fundamental da maioria das pessoas no Facebook de trabalhar com dados é influenciar e alterar o humor e o comportamento das pessoas. Eles estão fazendo isso o tempo todo para fazer você gostar mais de histórias, clicar em mais anúncios, passar mais tempo no site.”
E isso não é exclusividade do Facebook mas de qualquer outra plataforma de mídia. Embora o mundo nos dê muitos motivos para revolta, devemos lembrar que a raiva e a indignação são das nossas emoções mais virais e nessa atual economia da atenção, são essas as emoções mais exploradas pelas mídias de notícias.
Como disse o CEO da CBS, Leslie Moonves, sobre a corrida presidencial de Donald Trump, suas polêmicas e todo o tóxico ambiente político instaurado: “Isso pode não ser bom para a América, mas é muito bom para CBS”. Seria inocência achar que nenhum responsável pelas agências daqui pense a mesma coisa com o momento político que vivemos, por exemplo.
As mídias e seus editores de notícias usam todas as táticas de gatilhos e recompensas que precisam para nos manter o maior tempo possível em suas plataformas. E não poupam esforços para usá-las. Hoje já não é novidade que aqueles aplicativos em que mais somos viciados foram feitos justamente para isso, nos viciar.
Outro aspecto que o noticiário explora e usa para nos viciar é o nosso ego.
Umas das estratégias que essas plataformas usam é baseada no que elas sabem sobre nosso senso de identidade. Sinalização de virtude é o vício do século, já dizia um outro pensador no twitter.
Nós precisamos ser vistos como bem informados. Queremos fazer parte do clube da elite, dos inteligentes e dos interessantes e não do clube dos ignorantes e desligados.
Saber de tudo que está acontecendo, ter opinião sobre todos os assuntos do momento, se posicionar do lado certo da polêmica, acreditamos que isso tudo diz muito sobre nós e é assim que sinalizamos virtude para fazer parte do clube.
Essa newsletter, por exemplo, me deixou viciado em acompanhar todo conteúdo que me interessasse minimamente, assinar inúmeras outras newsletters e clicar em todos os links que as pessoas que admiro estavam compartilhando. Tudo para não deixar passar nada de interessante e ter assunto e links para compartilhar aqui.
Não é mais só o jornalista que quer dar o furo de reportagem, queremos ser o primeiro a compartilhar uma notícia, o primeiro a divulgar o meme, o primeiro a recomendar aquele livro incrível, o primeiro a terminar a série.
Assim como me entupir de conteúdo estava me deixando ansioso e me trazendo apenas conhecimento superficial em uma série de coisas que muitas vezes nem me interessava tanto, o noticiário nos passa uma falsa sensação de saber o que está rolando. É como se ao ler uma notícia estivéssemos apenas lendo a orelha de um livro, mas nunca se aprofundando ou entrando de verdade numa discussão.
Acreditamos que ser bem informado e atualizado é sinal de inteligência e assim consumimos mais notícias e informações superficiais.
Evocando novamente aquele tweet e a citação do Thomas Jefferson, entendo que é importante, e até mesmo uma obrigação moral para um cidadão respeitado, encontrar maneiras, ainda que pequenas, de contribuir para a melhoria de sua comunidade. E só é possível fazer isso se estivermos conectados com as questões importantes e atuais dessa comunidade.
Mas também entendo que podemos nos iludir em acreditar que de alguma forma podemos nos tornar pessoas melhores simplesmente nos informando pelo noticiário. Quando na verdade pode acontecer o contrário. Encontramos câmeras de eco que apenas confirmam nossos preconceitos e trabalham com informações muitas vezes imprecisas, insignificantes no longo prazo e fora de nossa esfera de influência.
A verdadeira sabedoria não consiste em conhecer fatos específicos ou possuir conhecimento de um campo. Consiste em saber como tratar o conhecimento: ser confiante mas não muito; aventureiro mas ancorado. E com uma vontade de confrontar contraprovas e de ter tato para os vastos espaços além do que é conhecido e informado. ~ David Brooks em “O Animal Social”
Existe uma coisa, porém, que nos ajuda muito mais do que o noticiário ou se entupir de informação aleatória na condução ao nosso caminho para verdadeira sabedoria e para aturamos na real mudança de nossas comunidades.
III - Consuma menos notícias. Leia mais livros
“Are you distracted by breaking news? Then take some leisure time to learn something good, and stop bouncing around.” ~ Marcus Aurelius
O grande imperador Marco Aurélio, em suas Meditações de dois mil anos atrás, nos convida a parar de ficar de bobeira por aí, distraídos com as notícias de última hora para usarmos o tempo de ócio para aprender algo de útil.
Nossa noção moderna de tempos de ócio, ou lazer ( leisure time ) perverteu a antiga definição da palavra. Para os Gregos e Romanos, significava perseguir e envolver-se com coisas superiores, abrindo espaço para contemplação de ideias maiores.
Ryan Holiday tem a seguinte abordagem para esse pensamento de Marco Aurélio: Veja menos notícias. Leia mais livros. Transformei em mantra.
É hora de percebermos que não teremos nenhuma evolução pessoal (politicamente, intelectualmente, etc) ao consumir mais notícias sobre o mundo, e muito menos que teremos mais condições de melhorá-lo dessa forma.
Mais uma vez, o bom jornalismo é importante, se manter informado faz parte do nosso dever de cidadão nesse mundo conectado e globalizado. Mas existem outras formas de se informar e ganhar conhecimento de base que dura e nos capacita de verdade: livros. Os clássicos de preferência.
Livros que mergulham fundo no passado conseguem captar a essência do que está acontecendo agora, melhor do que qualquer outra mídia do presente.
Romances, biografias, distopias, ficção-científica, livros de história ou de negócios, filosofia, qualquer coisa entre duas capas nos ensina mais do que qualquer longas horas de noticiário com suas “breaking news”.
É claro que a leitura e os livros em si não é a única forma de aprender algo. Mas é muito difícil aprender algo na profundidade necessária sem explorar os livros, em especial os clássicos, de onde saíram quase todas as ideias que discutimos hoje.
Os livros aumentam nossa capacidade de produzir conexões (você já me ouviu dizer aqui que ler é basicamente coletar e conectar pontos), criar mais consciência de si, da condição humana e de desenvolver o pensamento crítico.
Enquanto o noticiário é pouco conclusivo nos passando apenas superficialidades como, o que aconteceu, quem fez e quem disse, livros são profundamente desenvolvidos e nos mostram o porque de determinado acontecimento, o que significa e o que o acontecido ou os personagens demonstram sobre nós mesmos.
Essa é a verdadeira inteligência. É ela quem vai nos abrir portas e nos colocar em rodas de conversa que interessam e onde poderemos fazer algo de útil para melhorar o mundo.
Se manter informado, com todas as notícias e polêmicas do momento na ponta da língua pode até servir para sinalizar virtude e te dar assunto para algumas rodas de conversa.
Mas se quer a verdadeira inteligência e o conhecimento básico que precisa para melhorar o mundo e a si mesmo, gaste menos tempo com as notícias, crie estratégias para melhorar o consumo das redes sociais, busque mais tempos de ócio e os aproveite melhor. E principalmente, leia mais livros.
“A maneira de resolver grandes problemas é obter perspectivas maiores, evitar agir de forma reativa ou a desesperança do desespero. Precisamos dos insights, da empatia e dos benefícios restauradores dos livros mais do que nunca. Precisamos que eles despertem dentro de nós nossa humanidade compartilhada e a intemporalidade da luta do bem contra o mal.” ~ Ryan Holiday
Enquanto nas últimas edições trouxe Byung-Chul Han e Thoreau nos convidando a um estado de mais ócio, contemplação e de mais integração com a natureza, hoje, por acaso (ou não), encerro nessa mesma linha com essas palavras do Alain de Botton:
“Precisamos de um alívio de impressão, alimentada pelo noticiário, de que vivemos em uma época de importância sem igual, com nossos tumultos, guerras, dívidas, crianças desaparecidas, festas de estréia de alguma coisa, ofertas públicas de ações e mísseis. De vez em quando, precisamos usar a imaginação e chegar ao espaço, muitos quilômetros acima da superfície da Terra, até um lugar onde aquela conferência, aquela epidemia, aquele celular novo e aquele incêndio florestal chocante percam um pouco da capacidade de nos afetar — onde até os problemas mais intratáveis parecerão se dissolver no contato com a eternidade do tempo, tudo isso atestado pela visão de outras galáxias”.
“De vez em quando, deveríamos abrir mão de nossas notícias para prestar atenção nas manchetes muito mais estranhas e maravilhosas das espécies menos eloquentes que nos cercam: gaviões e gansos, besouros e gafanhotos, lêmures e criancinhas. Todas criaturas muitos desinteressadas por nossos melodramas, contrapesos de nossas ansiedades e de nosso egocentrismo.”
“Uma vida próspera exige a capacidade de reconhecer quando o noticiário não tem mais nada de original nem de importante a dizer. São os períodos em que deveríamos recusar qualquer vínculo imaginativo com estranhos, em que devemos deixar que os outros governem, triunfem, fracassem, criem ou matem, na certeza de que temos nossos próprios objetivos a honrar no pouco tempo que ainda nos resta.”
Conecta Links
O Startup da Real, além de resumir as principais ideias dos livros de "empreendedorismo" nesse texto, deixa uma lista de tudo que ele acha realmente importante que seja lido para quem quer construir uma visão de mundo mais fiel da realidade. Sempre gostei das suas abordagens e visão sobre os livros e a leitura, e mais uma vez me identifiquei muito com um de seus textos, talvez até por já ter sido impactado por praticamente todos os livros dessa lista.
É comum se usar as redes sociais como principal fonte de notícias. Mas além das reportagens nessas redes virem acompanhadas de boatos, informações não verificadas e erros intencionais para confundir e desunir, as redes sociais também são feitas para viciar. Não é só possível informar-se sem depender delas. É preferível que nos informemos por meios que têm algo a perder com erros e imprecisões. No link, uma proposta de roteiro para ser um cidadão bem informado, para saber o essencial que alguém minimamente interessado precisa da sua comunidade, do seu país e da sua área de atuação, escrito pelo Rodrigo Ghedin do "Manual do Usuário".
O bom jornalismo é imprescindível, ainda mais nessa distopia da ignorância que temos vivido. O Nexo é um jornal que procura explicar o que está acontecendo de maneira mais detalhada e tem se destacado como boa fonte de informação por aqui. No link, uma análise interessante sobre a última geração “bilingue” — capaz de traduzir o mundo analógico para o digital, e vice-versa — e como essa será a última geração a conhecer o que chamamos de “não fazer nada".
Bits to Brands é das minhas atuais newsletters favoritas e nessa edição, a Beatriz Guarezi traz uma importante reflexão sobre o tempo e o conteúdo que consumimos nas redes sociais . Ela ainda traz estratégias simples mas muito úteis para quem precisa de um consumo mais consciente dessas plataformas.
Estudos recentes sugerem que hoje menos de 60% do tráfego na web é humano. Ano após ano, os bots estão ficando cada vez mais sofisticados. A quantidade de coisas que consumimos online e que basicamente não existem é enorme. Uma análise de muita qualidade e tão "Black Mirror" que chega a assustar.
Se quiser me encontrar em outras redes, fique a vontade :)
Conecta Livros
Você já deve ter percebido que não tenho enviado mais os e-mails mensais das "Recomendações de Leitura" com tudo que li no mês. Mas sigo fazendo isso basicamente lá no instagram @conectandopontos, então, aproveita pra seguir lá também. Hoje fica a indicação desses dois livros que já passaram por lá e me ajudaram muito a me desligar do caos e dar uma "viajada".
(Clique nas imagens para mais informações sobre os livros)
Uma recriação histórica magistral e uma grande oportunidade de conhecer parte do mundo antigo, numa história que cobre vários aspectos da também vida moderna. O livro conta a epopeia de um garoto lutando pra sobreviver em Londres nos tempos obscuros da Idade Média, e correndo atrás do sonho de se tornar médico na Pérsia (estudando com Avicena, um dos personagens reais do livro e que foi um dos maiores filósofos do seu tempo) onde começam a surgir as primeiras descobertas da Medicina. Uma narrativa muito fluída e de tirar o fôlego, muito rica em detalhes, que fez com que me sentisse viajando lado a lado com o protagonista pelos diversos mundos do séc XI. Fascinante
Alienígenas sempre tiveram uma posição de destaque na literatura de ficção científica e essa é uma coletânea nacional de contos sobre essa temática. Apesar do tema principal, os contos variam bastante de estilo, indo desde algo mais humorístico até algo mais científico ou de mais “piração” a lá Black Mirror. Enquanto alguns contos são muito bons, outros achei apenas ok, mas no geral o livro agrada bastante. Bom pra dar risada, uma pirada e uma desligada.
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#Achado - Série: This is Us
This is Us é a série do momento aqui em casa (depois de GOT, claro). Nada de fantasia, efeitos especiais ou roteiros mirabolantes, apenas histórias muito bem contadas sobre a rotina de pessoas comuns, sobre família, sobre o cotidiano e comportamento de uma forma geral. This is Us é drama, é comédia, é suspense. Tudo bem sutil e leve mas com grande poder de emocionar e impactar. A série já está em sua terceira temporada (disponível no Amazon Prime Video) e dificilmente você não ficará fisgado com o primeiro episódio de todos. Uma série família capaz de render quase como uma boa sessão de terapia.
O ritmo aqui tá voltando ao normal e espero conseguir voltar a manter nossa periodicidade quinzenal. Obrigado pelas mensagens na última edição.
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